Cultivares de soja 2025/26: Saiba escolher as melhores variedades

O Brasil já encontrou na soja muito mais do que uma simples cultura agrícola: ela é, de fato, parte do coração do agronegócio nacional. Em um cenário de avanços constantes em genética, clima e mercado, escolher a melhor variedade para cada safra pode soar como uma tarefa complexa — e, na verdade, é mesmo. Pensando nisso, a HEDGE AGRO mergulha nesta reflexão sobre como selecionar, para a safra 2025/26, aquelas sojas que carregam adaptabilidade, desempenho e proteção para o seu negócio. Há sempre novas perguntas e novos desafios, mas também oportunidades que surgem dessas dúvidas.

Uma boa escolha de variedade não é acaso, é estratégia.

O que influencia a escolha das variedades de soja

Sempre que se fala em semente, muita coisa passa pela cabeça do produtor: produtividade, resistência, adaptabilidade, potencial de mercado. Não é à toa. O desempenho da soja depende de fatores que, às vezes, se sobrepõem ou se contradizem. E mesmo profissionais com muitos anos de campo sabem que não existe resposta única, tampouco receita pronta. Há itens, porém, que costumam pesar mais na escolha de uma semente:

  • Resistência a doenças e pragas
  • Poder de adaptação ao clima e solo da região
  • Porte e arquitetura da planta
  • Potencial de rendimento (kg/ha)
  • Ciclo de maturação
  • Avaliação da necessidade para plantio antecipado ou escalonado
  • Tecnologia genética incorporada

Difícil fugir desse raciocínio. O produtor que entende o cenário da fazenda e o comportamento das cultivares disponíveis tende a correr menos riscos, aproveitando melhor as oportunidades do mercado, algo defendido fortemente pelos consultores da HEDGE AGRO.

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Cultivo de soja em campo amplo com agricultores e máquinas Por que a resistência a doenças ganhou tanta força

Não há como esconder: doenças como ferrugem asiática, podridão parda da haste, mofo branco, fitóftora e vírus continuam desafiando a produção nacional. E as pragas, por sua vez, não dão trégua — lagartas e percevejos são exemplos de antigos, porém persistentes, “convidados indesejados”.

Com o passar dos ciclos, variedades com resistência genética a esses males ganharam espaço, tornando a condução da lavoura menos arriscada. Um caso recente e bastante mencionado é o lançamento das cultivares BRS 1056IPRO e BRS 1064IPRO pela Embrapa Soja e Fundação Meridional, que mostram destaque pela tolerância à podridão parda da haste e podridão radicular de Phytophthora. Tais características ajudam a manter a produtividade mesmo em situações menos favoráveis — afinal, basta uma chuva fora de hora ou um ataque mais severo de doença para jogar toda a previsibilidade por água abaixo.

Tecnologia genética é seguro, mas não dispensa manejo atento.

A incorporação de transgenia e eventos gênicos modernos colocou as sementes em um novo patamar: hoje, é comum encontrar sojas resistentes a múltiplos tipos de pragas e tolerantes a herbicidas, conferindo flexibilidade no controle do mato e praticidade operacional.

Tendências para 2025/26: destaque às novas tecnologias

A safra atual aposta em cultivares de soja com avanços consideráveis em biotecnologia. As tecnologias Intacta2/Xtend® (I2X) aparecem como aliadas relevantes para enfrentar tanto plantas daninhas quanto diferentes tipos de lagartas, ajudando o produtor a minimizar as perdas e reduzir custos com aplicações de produtos químicos.

Entre os exemplos mais citados, encontram-se:

  • BRS 2361 I2X: tolerante a glifosato e dicamba, apresenta proteção contra seis espécies de lagartas, com produtividades acima de 5.000 kg/ha registradas no Paraná;
  • BRS 2058 I2X: adaptável a regiões frias, inclusive altitudes acima de 650 metros, vasta resistência a Phytophthora e performance notável na região Sul.

Essas inovações buscam não só proteger o investimento do agricultor, mas também liberar novas janelas de plantio. Por sinal, a antecipação da semeadura — estratégias em que essas variedades brilham — viabiliza a rotação de culturas, fundamental para a saúde do solo e para aproveitar o melhor do milho safrinha.

Saúde do solo é como saúde da fazenda: sem ela, nada anda.

Adaptação regional: clima, solo e desafio brasileiro

Um dos maiores “segredos” da produtividade é, de fato, saber casar variedade e ambiente. Falando em Brasil, o mosaico de solos, altitudes e regimes pluviométricos pode mudar radicalmente em poucos quilômetros. O risco de apostar em uma semente não adaptada é alto.

Por exemplo, cultivares como as BRS 2058 I2X destacam-se em áreas de altitude, como no Sul, enquanto outras, mais rústicas ou superprecoces, acabam encaixando melhor no Cerrado ou nos extremos do Centro-Oeste. Já a BRS 539, resistente à ferrugem asiática e percevejos, permite semeadura antecipada em regiões como Paraná, Santa Catarina e São Paulo, otimizando a rotação de culturas (lançamento de novas cultivares).

E, claro, não é só latitude ou altitude que mandam: textura e fertilidade do solo, histórico de nematoides, topografia, data de colheita do milho safrinha, possibilidade de dupla safra… tudo entra na equação.

Não existe variedade “universal”, então o ajuste fino é feito, literalmente, talhão por talhão, safra a safra.

Produtor analisando solo em lavoura de soja Manejo, plantio antecipado e análise do solo

Até aqui, já ficou claro: não se trata só de escolher a genética mais moderna, mas de somar manejo, prazos e práticas que potencializem esse investimento. O plantio antecipado ganha força, principalmente quando o objetivo é garantir maior janela para o milho na sequência. Porém, sem analisar muito bem o solo antes, a estratégia pode se transformar em dor de cabeça.

É nessa hora que entra o conceito de boa preparação de área — análise química, física, correção com calcário, gessagem, adubação equilibrada. E também a atenção à qualidade das sementes, pois uma emergência falha arruína o potencial produtivo. A escolha do espaçamento, tema que gera debates, pode ser aprofundada neste material: espaçamento da soja.

Outro ponto relevante é o uso cada vez maior de inoculantes e agentes biológicos. Eles contribuem para a saúde das raízes e, em conjunto com genética moderna, ampliam a chamada “resiliência” do sistema produtivo. É verdade que cada fazenda tem sua própria receita, mas alguns fundamentos permanecem:

  1. Avaliação criteriosa do solo, com correção adequada;
  2. Adoção de sementes com vigor comprovado — tema detalhado em como aumentar o vigor de sementes;
  3. Acompanhamento próximo das fases iniciais do desenvolvimento da soja;
  4. Uso estratégico de biotecnologia, sem abrir mão da diversificação genética sempre que possível.

Qual o peso das sementes certificadas?

Nem todo produtor considera, mas quem já passou por perdas causadas por lotes de má origem sabe: a semente certificada é uma espécie de garantia de desempenho. Ela traz rastreabilidade, controle de pureza varietal, vigor e germinação dentro dos padrões. O investimento, ainda que maior, compensa frente aos riscos de replantio e baixas produtividades futuras.

Além disso, lotes provenientes de programas oficiais de melhoramento costumam ter resistência genética mais comprovada. E, como tudo que envolve risco, contar com um parceiro confiável faz diferença — pontos reforçados pela HEDGE AGRO, que atua exatamente no suporte estratégico para decisões mais seguras na escolha da semente.

Semente certificada é seguro agroinvestimento.

Principais cultivares indicadas e novidades da safra

De acordo com as informações recentes de lançamentos destacados pela Embrapa e Fundação Meridional, incluindo também outras fontes do setor, algumas cultivares e variedades prometem entregar resultados superiores para safra 2025/26:

  • BRS 1056IPRO: Elevada resistência à podridão parda da haste e podridão radicular de Phytophthora. Mostrou ganho de 6,8% de produtividade além das principais do mercado em sua macrorregião.
  • BRS 1064IPRO: Outro destaque em resistência a doenças e possibilidade de semeadura antecipada, o que ajuda na rotação com o milho safrinha.
  • BRS 2361 I2X: Proteção contra seis espécies de lagartas, rendimento acima de 5 toneladas por hectare, tolerância a herbicidas moderna.
  • BRS 2058 I2X: Excelente performance em regiões frias, inclusive altitudes elevadas.
  • BRS 1075IPRO e BRS 774RR: Ambas reúnem produtividade superior (acima de 7% em algumas regiões para a 1075IPRO) e resistência a doenças tradicionais, segundo estudos recentes.
  • BRS 539: Maturidade média, avanços em tolerância à ferrugem asiática e percevejo, indicada para plantio antecipado no Sul e Sudeste.

Naturalmente, o melhor é sempre alinhar escolha com a indicação regional, conversando com áreas técnicas, consultores e investigando os resultados das próprias áreas experimentais.

Sementes de soja certificadas em caixa com rótulo Como a rentabilidade pode ser protegida já na escolha varietal

Não existe produção realmente sustentável sem foco na rentabilidade de médio e longo prazo. Por isso, além de produtividade e adaptação, variedades mais modernas também ajudam o produtor a controlar custos com defensivos agrícolas, aplicações menos frequentes, menores perdas e, por consequência, um fluxo de caixa menos apertado.

Planejar bem, inclusive adotando consultorias especializadas como a da HEDGE AGRO, serve para não cair em armadilhas do mercado futuro — assunto aprofundado em mercado futuro da soja — e usar o momento certo para travar preços ou estruturar a comercialização com base em resultados reais da lavoura. Este binômio ajusta risco e potencial de ganho já no momento da escolha de semente para a próxima safra.

Erros comuns ao escolher uma variedade de soja

Muitas decisões equivocadas nascem da pressa em seguir “a variedade mais plantada”, sem olhar para o calendário da fazenda ou o histórico daquele solo. Entre os equívocos, destacam-se:

  • Apostar cegamente em apenas um tipo de semente para toda a área;
  • Negligenciar resistência a doenças que já deram trabalho em safras anteriores;
  • Ignorar a necessidade de girar genética para criar “quebra” de ciclo de patógenos;
  • Esquecer do fator mercado, plantando variedades pouco procuradas ou com remuneração reduzida na venda.

Faz sentido, às vezes, ouvir quem já errou e viu parte da rentabilidade escapar exatamente por excesso de confiança.

Agricultor examinando variedades de sementes de soja Sementes, tecnologia e informação: o papel do conhecimento técnico

Mais que nunca, acompanhar novidades sobre genética, manejo, regulamentação e ferramentas de mercado faz a diferença. A escolha da semente de soja não deve ser feita unicamente com base em indicadores de sacas/ha, mas combinando o histórico da propriedade, projeções de clima e tendências do mercado internacional (cada vez mais volátil).

Informação confiável, nesse contexto, tem mais valor do que nunca. Materiais como a importância da soja para o agronegócio estão disponíveis e ajudam o produtor a compreender o impacto de cada decisão no bolso e na sustentabilidade do negócio.

Escolher bem a semente é o primeiro passo para colher bem o futuro.

Conclusão

É sempre um pouco desafiador bater o martelo sobre qual variedade plantar, com tanta informação, mudanças climáticas e opções no mercado. Mas alguns consensos permanecem: ajustar a variedade ao ambiente e ao objetivo, buscar sementes certificadas, apostar em genética moderna e reforçar o manejo são caminhos que reduzem imprevistos e ampliam as chances de sucesso.

Contar com apoio especializado, como o da HEDGE AGRO, pode ser o diferencial que faltava para transformar conhecimento em resultado, fortalecendo o negócio agrícola, protegendo o lucro e aproveitando melhor cada janela de mercado. Se você quer saber como virar esse jogo, fale com nossa equipe e descubra como uma consultoria personalizada pode blindar sua próxima safra desde a escolha da semente.

Perguntas frequentes sobre cultivares de soja

O que é uma cultivar de soja?

Uma cultivar de soja é uma variedade desenvolvida por melhoramento genético, com características específicas de adaptação, produtividade e resistência a doenças. São diferentes linhas genéticas, escolhidas para oferecer desempenho superior em determinados ambientes, ciclos ou necessidades do produtor.

Como escolher a melhor variedade de soja?

A escolha depende do clima, tipo de solo, histórico de doenças e pragas na região, janela de plantio e objetivo da fazenda. O ideal é alinhar variedades adaptadas ao local, priorizando sementes certificadas, alto vigor, e tecnologias que agreguem resistência e segurança. Contar com suporte técnico e analisar resultados regionais também é recomendado.

Qual a diferença entre cultivares de soja?

As cultivares diferem em ciclo de maturação, altura e arquitetura da planta, potencial de colheita, adaptação a condições ambientais, tolerância a pragas ou doenças, além da presença de características transgênicas. Algumas são mais precoces, outras mais produtivas ou rústicas, enquanto certas linhagens focam em resistência específica.

Onde encontrar cultivares de soja confiáveis?

Cultivares confiáveis costumam ser ofertadas por programas de melhoramento oficiais como Embrapa e fundações reconhecidas. Sementes certificadas trazem garantia extra de pureza, germinação e rastreabilidade. Buscar por lotes com registro e consultar consultorias especializadas, como a HEDGE AGRO, é a melhor alternativa.

Quais são as cultivares mais produtivas?

Variedades lançadas recentemente, como BRS 1056IPRO, BRS 1064IPRO, BRS 2361 I2X e BRS 1075IPRO, compõem a lista das mais produtivas segundo dados recentes do setor. São cultivares que oferecem alta adaptabilidade e respostas superiores em campo, mas a máxima colheita depende do ajuste ao ambiente e do bom manejo.

Rafael Grings

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